Instrumento De Teclas Fellipe Neto
Conheça o Cravo instrumento musical de teclas
O cravo é um instrumento de teclado de forma semelhante ao antigo piano, mas consistindo de uma ou duas teclas. Difere do piano, pois o som é produzido por saltadores ou martinetes que relam na corda para produzir o som.
O cravo é um instrumento de teclado e cordas pinçadas, para cada tecla tocada as cordas são beliscadas por uma pinça, nos primórdios feitas de pena ou couro, agora são feitas de pvc ou plástico.
O cravo pode ter uma ou até três fileiras de teclas.
A História do Cravo
Os primeiros registros datam do século XIV na Itália, onde foi chamado pela primeira vez de clavicembalum. Depois do órgão, é considerado o instrumento de teclado mais importante e versátil do final do século 16 e início do século 19. No continente europeu, foi amplamente utilizada para música de câmara, melodias de orquestra e ópera, assim como para peças de teclado solo.
Além da Itália, o local de nascimento deste instrumento era feito em Flandres, Alemanha, Portugal, Inglaterra e França. O cravo caiu em desuso no início do século XIX, e seu renascimento veio no início do século XX, quando uma famosa empresa de piano criou um instrumento industrial.
No Rio de Janeiro, Brasil, há registros de importação de cravos já em 1721. O arquivo mostra um “enorme cravo para tocar ….. 19000 mil réis”, e por volta de 1830 o Jornal do Commercio estava noticiando sobre a comercialização do cravo carioca.
No mundo musical no Rio de Janeiro, o cravo era de fato amplamente utilizado por profissionais e amadores: em 1792, o viajante inglês Sir George Staughton, em visita ao Rio, observou que em algumas das habitações as mulheres estavam “se divertindo à noite com seus instrumentos, especialmente o cravo e a viola. Gostam de tocar instrumentos à noite, especialmente o cravo e a viola.
Após a chegada de D. João VI ao Rio de Janeiro em 1808, o cravo também passou a ser utilizado nos salões da corte. O pintor Enrique Bernardelli (1858-1936) pintou uma cena na qual “D. João VI escuta o Padre José Maurício”, na qual o padre, o músico local de maior sucesso, toca o cravo para o monarca.
No século XIX, anúncios de cravos apareceram no jornal ‘The Stream of Water’: em 1819, a ‘Gazeta do Rio de Janeiro’ relatou: “O cravo é o mais belo de todos os instrumentos musicais”. Na casa de leilão da “Rua da Alfândega N. 14”, um cravo de Mathias Bochum está à venda. Este instrumento pertenceu a um dos mais importantes arquitetos portugueses da época, sugerindo que estes artefatos eram importados principalmente de Portugal.
Portugal tinha certas tradições e características únicas na fabricação desses importantes instrumentos musicais.
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